quarta-feira, 20 de março de 2013

Quanto ganha um analista de teste?

O salário é um dos principais motivadores na escolha da carreira profissional a seguir. Podemos perceber a quantidade de alunos que saem do ensino médio dizendo que prestarão vestibular para engenharia. É quase certo afirmar que a maioria busca a profissão por expectativa salarial.
Dizer ou saber o salário a um companheiro de trabalho é quase pedir para gerar um sentimento de frustração, seja alheio ou próprio. Isso demonstra a dificuldade de entender o mercado, o motivo da reprovação no processo de seleção, ou até mesmo a insistência do empregador em diminuir drasticamente sua pretensão salarial.
Levantando uma média, baseada em profissionais que conheço na capital mineira,  pode-se dizer que os mais beneficiados são os analistas que começaram quando a área mal era conhecida. Tiveram o aumento sindical ano pós ano, tornando o salário interessante, o que impactou diretamente o outro lado da moeda. Quem está começando se depara com uma briga de interesses, sendo nós profissionais os mais prejudicados.
Tabelas dão uma noção do quanto pedir numa entrevista ou da média salarial, mas se olharmos detalhadamente, chegar próximo a máxima da média é quase impossível. Geralmente divulgam que um Analista Junior, está na faixa de 1.000,00 a 2.000,00 reais, Pleno de 2.000,00 a 3.500,00 e Senior de 3.500,00 a 5.000,00. Em outros estados ou regiões, como São Paulo e Sul respectivamente esse valor pode divergir e muito.
Na tabela tudo demonstra uma intenção salarial justa, mas isso termina ao ingressar no processo seletivo, pois enquanto buscamos um salário igual ou maior a média de cada faixa, nos deparamos com a proposta de um valor próximo a mínima.
Analista Plenos são os que mais se prejudicam, pois ao concorrer com um Junior, tem boas chances de ser eliminado no processo por questões salariais.
Se o seu salário está proximo da máxima das faixas citadas anteriormente, comemore, pois você está num grupo privilegiados. Apesar de acreditar que essa realidade não é exclusiva de uma analista de testes.
E é claro que esse post não foi criado pra desmotivar ninguém, sabemos muito bem que profissionais focados e que gostam do que faz são reconhecidos, não todos como deveriam, mas a maioria tem um reconhecimento até aceitável. Além de acreditar que esse problema existe nas demais profissões da área tecnológica.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pós-Gradução vs. Certificação em Testes. Por que tanta discussão?


   Certificação ou Pós-Graduação em teste de software?
   Essa pergunta sempre tem uma resposta diferente ao consultar alguém que possui tais títulos ou opta por fazer um deles.
   O que a maioria não sabe, é que diferente das certificações voltadas para desenvolvimento, onde a especificação é de uma única linguagem, a de testes já tem uma visão mais ampla, pois abrange todos os tipos de testes e detalhamento de cada um deles. A parte de automação em testes é cobrada de uma forma que não garante ao profissional habilidade em ferramentas, mas o faz entender o propósito e quando devem ser utilizadas.
   Dessa forma, podemos considerar que a certificação(CTFL e CBTS), garante ao testador um conhecimento básico do papel de um profissional da área, seja um Tester, Analista de Teste, Arquiteto ou Líder. Existem certificações que exigem conhecimento maior, como a CTAL, que dentre elas é a única disponível em nossa língua. Se você deseja outra certificação além da CTAL que exige este nível de conhecimento é bom ter inglês na bagagem.
   A CBTS tem um apelo pela teoria, são vários conceitos cobrados na prova e muitos não cobrados na prática, mas não se torna um problema para quem ler o livro(pelo menos umas 2 vezes :-D). Já a CTFL te faz pensar na resposta de cada questão, impondo situações que por ventura venham a ocorrer e seu conhecimento teórico seja corretamente utilizado na prática.
    E a pós-graduação? Enquanto a certificação pode ser feita em qualquer lugar, podemos assim dizer, a pós-graduação ainda é pouco disponível. Como residente de Belo Horizonte-MG, conheço apenas uma faculdade que possui o curso. Conheço um em Brasília-DF, mas este já é a distância.
   A grade de uma graduação deve ser avaliada minuciosamente, pois além de ser um investimento bem maior, pelo menos deve satisfazer as necessidades do profissional quanto ao nível da qualificação desejada.
   A pós-graduação se mostra como uma opção mais interessante, pois traz muito mais conteúdo, pois não se baseia em apenas em um documento ou livro. Mas vai pesar muito mais no bolso, enquanto uma certificação custa entre 300,00 a 500,00 reais, a pós-graduação pode ter um valor até 20 vezes maior.
   E como acreditamos que o mercado vê essa diferença. Está aí um ponto a ser discutido, pois nem o mercado está totalmente ciente da existência de pós-graduação. Na maioria dos pré-requisitos de vagas, a certificação é sempre citada, seja obrigatória ou como uma desejável condição. O que vou dizer agora é uma opinião minha, mas acredito que o peso da certificação ainda é maior.
   Vale a pena fazer uma pós-graduação, pois é certo que ela vai destacar seu currículo no momento da seleção de uma vaga de emprego, mas como ter uma certificação custa pouco, vale a pena colocá-la como primeiro plano.